Como começar?
Como devo começar? Alguma vez se questionaram sobre a melhor maneira de iniciar uma mudança que irá abranger toda a vida que vos rodeia? Nunca foi uma pergunta fácil e talvez por isso poucos a tenham ruminado.
Sentei-me na paragem do autocarro, rude e desconfortável. Ao meu lado, irrequieta, de olhos negros baloiçava uma catraia. Atrelada pelo olhar, a sua mãe, que lhe media cada gesto e trejeito. Brincando e vagueando, a criança, balbuciava uma conversa imaginada e executava uma série de gestos e movimentos que por vezes a mim me faziam crer que haveria ali realmente algo que me escapava à vista. Imersa na sua dimensão imaginada. Havia no entanto algo neste mundo que lhe chamava a atenção. O parque, pleno dos mais diversos baloiços e geringonças, bem perto, ficava por trás da paragem. Não foram poucas as vezes que a mão prepotente da mãe impediu a moça de saltar para o soalho mole e seguro do parque, onde todo um novo mundo preenchido de novidades e novas brincadeiras a esperava. Ela sabe para onde quer ir, mas ainda não sabe como.
Penso como se sentirá ela. Sentir-se há revoltada? Confusa? Eu sei para onde quero ir. Mas ainda não sei como. Em mim, um turbilhão de sentidos, são estes que me sacodem os medos e receios. Fazem-nos cair a meus pés para que eu os veja bem. Devo pisa-los ou saltar-lhes por cima? Não é com alento que vejo a minha vida submissa e vulnerável. Frágil é o trilho que devo seguir. Mas como devo começar?
Nunca embirrou. Nem reagiu negativamente à vontade contrária que a sua mãe permanentemente lhe impunha. Mas também nunca desistiu. No seu mundo imaginado permaneceu, intocada, a sonhar sem que ninguém a acordasse.
Foi inevitável a vitória da sua persistência. Num salto escapado e heróico, sobre o olhar desistente e permissivo da sua mãe. A catraia, liberta, imergiu no sonho alegórico e colorido dos rodopios, sobes e desces daquele parque. Na sua face apenas lhe vi uma expressão. Um sorriso.
Algumas das grandes mudanças das nossas vidas começam com breves sorrisos. A Primavera depois do Inverno. O doce depois do amargo. Querem começar? Façam como eu. Comecem com um Sorriso.
Sentei-me na paragem do autocarro, rude e desconfortável. Ao meu lado, irrequieta, de olhos negros baloiçava uma catraia. Atrelada pelo olhar, a sua mãe, que lhe media cada gesto e trejeito. Brincando e vagueando, a criança, balbuciava uma conversa imaginada e executava uma série de gestos e movimentos que por vezes a mim me faziam crer que haveria ali realmente algo que me escapava à vista. Imersa na sua dimensão imaginada. Havia no entanto algo neste mundo que lhe chamava a atenção. O parque, pleno dos mais diversos baloiços e geringonças, bem perto, ficava por trás da paragem. Não foram poucas as vezes que a mão prepotente da mãe impediu a moça de saltar para o soalho mole e seguro do parque, onde todo um novo mundo preenchido de novidades e novas brincadeiras a esperava. Ela sabe para onde quer ir, mas ainda não sabe como.
Penso como se sentirá ela. Sentir-se há revoltada? Confusa? Eu sei para onde quero ir. Mas ainda não sei como. Em mim, um turbilhão de sentidos, são estes que me sacodem os medos e receios. Fazem-nos cair a meus pés para que eu os veja bem. Devo pisa-los ou saltar-lhes por cima? Não é com alento que vejo a minha vida submissa e vulnerável. Frágil é o trilho que devo seguir. Mas como devo começar?
Nunca embirrou. Nem reagiu negativamente à vontade contrária que a sua mãe permanentemente lhe impunha. Mas também nunca desistiu. No seu mundo imaginado permaneceu, intocada, a sonhar sem que ninguém a acordasse.
Foi inevitável a vitória da sua persistência. Num salto escapado e heróico, sobre o olhar desistente e permissivo da sua mãe. A catraia, liberta, imergiu no sonho alegórico e colorido dos rodopios, sobes e desces daquele parque. Na sua face apenas lhe vi uma expressão. Um sorriso.
Algumas das grandes mudanças das nossas vidas começam com breves sorrisos. A Primavera depois do Inverno. O doce depois do amargo. Querem começar? Façam como eu. Comecem com um Sorriso.